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Quando Salvador se candidatou para fa-  de opinião, de líderes comunitários, e das
 zer parte das 100 Cidades Resilientes da   pessoas  de Salvador na sua multiplici-
 Fundação Rockefeller tínhamos poucas   dade. Se em casa, nosso campo estava
 certezas. Resiliência era, e talvez ainda   sempre  em atividade,  fora de Salvador
 seja, uma palavra estranha,  e definitiva-  não foi diferente. Fizemos muitas parce-
 mente um conceito novo no cenário de   rias internacionais: Aprendemos com ou-
 políticas públicas para desenvolvimento   tras cidades da 100RC, colaboramos com
 urbano. Como então fazer uma Estraté-  cidades da América Latina, trocamos
 gia de Resiliência? O que seria resiliência   conhecimentos com cidades da Europa,
 para Salvador?   Tínhamos a clareza de   América do Norte e Oceania, e pareamos   Martha Schoeler
 que resiliência era preciso ser mais do   com cidades africanas e asiáticas da rela-
 que responder a choques ou desastres   ção Sul-Sul, espalhando o nosso axé!
 naturais, mas sim cuidar dos estresses
 crônicos da cidade de forma holística,    O resultado do exercício participativo de
 multidimensional, perene e duradoura.   coletar ideias,  projetos  e de aprofundar
    o conhecimento  através de  estudos  es-
 Uma frase de Clarice Lispector foi nosso   pecíficos foi organizado em cinco pilares
 norteador: “Mas tenho a meu favor tudo   que delineiam a Estratégia. Esses pilares
 o que não sei e – por ser um campo vir-  foram liderados por Daniela Guarieiro,
 gem – está livre de preconceitos. Tudo   Felipe Fonseca, Martha Schoeler e Lua-
 o  que não  sei  é  a minha  parte  maior  e   na Luna, que acumularam a função de
 melhor: é minha largueza.” Como pouco   Deputy Chief Resilience Officer com as
 sabíamos sobre resiliência, logo aprende-  funções de gerentes nas suas áreas, con-
 mos que este é um conceito contextual   tando com o apoio de Maristela Souza.
 e único para cada cidade. O processo de   Vimos a cooperação se multiplicar com o   Adriana Campelo  Luana Luna
 construção de Estratégia foi inusitado na   apoio de muitos Secretários, Subsecretá-  Diretora de Resiliência
 abundância de colaboradores da Prefei-  rios, Diretores, Gerentes e colaboradores
 tura, da sociedade civil, de empresas, da   do Município. Todas as fases de constru-
 cidade (!) que se voluntariaram para par-  ção da Estratégia teve natureza co-cria-
 ticipar.   tiva. Aí experimentamos a nossa maior
 largueza!
 O campo era novo, o time cheio de ener-
 gia e nossos eventos sempre foram con-
 corridos. Incluímos na Estratégia a pers-  Adriana Campelo
 pectiva das crianças, de empresários, de
 Diretora de Resiliência
 estudantes e professores, de formadores




                     Felipe Fonseca                Daniela Guarieiro             Maristela Souza
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